domingo, 22 de julho de 2007

Pra que serve o domingo?

Domingo...
Poderia ser um dia qualquer, se não fosse um domingo.
Pobre dele. É o começo da semana, mas insistem em deixá-lo como fim.
As coisas chatas merecem um domingo para serem feitas. Nunca soube de alguém que arrumasse o armário num sábado à noite, que fosse ao cemitério visitar os mortos numa segunda de manhã ou que fizesse um almoço em família numa quarta-feira.
Sinceramente eu tenho vontade de dizer pro domingo aguentar firme!
E tenho vontade de dizer para as pessoas: Ei, não falem mal do domingo!
Nós, seres que nos acostumamos com as chatices humanas, somos os grandes culpados pela má fama do domingo. Ou ninguém nunca notou que os dias são todos iguais?
Sim, se eu acordasse num dia de domingo ensolarado ou chuvoso em pleno estado de amnésia e alguém me dissesse: "Bom dia! O que fará nesta bela quinta-feira?!" certamente eu viveria uma legítima quinta-feira, se não fossem as regras dominicais humanas...(tipo comércio fechado, igrejas lotadas, pessoas comprando quilos e mais quilos de pães em qualquer horário nas padarias, enfim). É a vida que se arrasta aos domingos.
Chatices à parte, pensei hoje em começar mudando essa roupagem dominical na minha vida. Regras do tipo "não se deve sair de casa aos domingos" ou "domingo é dia de descanso" serão alvos de combate daqui pra frente.
E olha que quase sempre o que se preserva é a segunda-feira! Por que diabos se preserva logo a segunda-feira?! Talvez um dia eu escreva sobre este outro dia estigmatizado também...
Mas por enquanto desabafo em defesa deste outro aqui e tento livrar minha existência das malditas instituições do domingo nosso de cada dia...
VIVA O DOMINGO!

2 comentários:

Poli disse...

Não poderia deixar de inaugurar esses espaço, né. Por vezes até penso que tomo espaço demais... mas como sempre deixa meu coração tão cheio, não ligo de ser "muita" nesse espaço-Brunella.
É... um domingo!? Como se fosse fácil viver os domingos...como se eles não nos dizessem nada, como se fossem apenas interpretações vagas de sentimentos que permanecem e vão se modificando... domingos não pedem lincença... vão entrando. E nem sei... porque eles sempre tem um rosto cinzento pra mim, falam baixo, pedem coisas e ainda podem sorrir... sorriso quase falso, mas minha inquietude não termina ali. Sabe.. eu vivo com ele. Ando os mesmos passos, sinto cada som da respiração que grita... fazemos nascer a dor, talvez porque a percebemos como bela ou porque jamais cometemos algum pecado... nunca matamos, roubamos ou tripudiamos, não era por nada disso que sofríamos ou nos culpávamos.
Nossa mágoa era por sermos nós... sofríamos por nossa carne, pelo sangue, por aquilo que não nos escapa... que por sua infelicidade, nos faz livres.
Livres para a (in)verdade... da linguagem... livres para toda e qualquer medida de si. Acolha-me e veja meus olhos tristes... são lágrimas porque gosto de viver assim! Aqui eu me tenho e VIVO. Acredite! Aqui eu vivo em paz...

Meu coração te ama, Brú!
Bjs
Poli

Djericke, o Terrível disse...
Este comentário foi removido pelo autor.